O professor realmente comprometido com o seu trabalho, não se conforma ou se acomoda com a atividade básica de repassar conteúdos.
Para trabalhar com educação é necessário ter preocupação, predisposição e empatia.
Predisposição e Preocupação (pré-disposição e pré-ocupação) é estar disposto a fazer algo, é se ocupar de algo com antecedência, é ter o compromisso prévio com a aprendizagem dos alunos.
Empatia para poder compreender o outro, perceber as emoções que envolvem o aprender do indivíduo e ser capaz de entender as características de cada um.
Quando falamos em educar, não nos referimos apenas a aspectos cognitivos (saber mais, saber menos, saber o que), mas também a questões emocionais e de cunho social (o sujeito no grupo).
Desta forma, ao planejar uma aula e também no momento de ministrá-la, o professor deve estar ciente das diferenças na maneira com que cada um irá receber e aceitar o conteúdo.
Cada aluno é único, trás em si suas características pessoais, sentimentos, conhecimentos prévios, história de vida, relações afetivas em família, na escola e com sua própria aprendizagem.
Todo esse arsenal de peculiaridades é que vai dar o tom e o direcionamento que o professor necessita para entender a aprendizagem dos alunos.
Muitos professores, quando estão em aula, agem como se a turma fosse uma porção de ingredientes que se misturam e resultam em uma receita única.
Devemos parar de tratar todos como um e ter um olhar para as individualidades, entendendo que cada estudante tem seu estilo de aprender, de dar significado a essa aprendizagem.
Esse aluno tem um comportamento sozinho, mas mudará suas estratégias e participação quando inserido em determinado grupo.
E essa adaptabilidade das pessoas é tão intensa, que esse mesmo sujeito quando participar de outro grupo, poderá mudar novamente para se enquadrar a nova realidade.
É interessante observar quais são os estilos, as estratégias que cada um usa para facilitar a aquisição e o armazenamento dos conhecimentos.
Alguns alunos precisam estar quietos, só ouvindo e lendo para obter um melhor aproveitamento.
Em meu caso, necessito escrever, ouvir e escrever, ler e escrever, refletir e escrever, assim posso construir algo que faça sentido.
Agora o mais interessante foi o caso de uma aluna de minha irmã, que ficava o tempo todo fazendo origami (dobradura) para se concentrar melhor nas aulas.
“Funções mentais se formam a partir de funções motoras.” Wallon
Transformar esses aprendizes em profissionais que usam seus conhecimentos e deles criam novas teorias e práticas é o papel do educador.
No contexto acadêmico devemos desestabilizar nossos alunos, possibilitar que eles saiam do status quo (sua zona de conforto) para refletirem sobre os assuntos.
O conflito interno faz parte do processo de aprender, quando há a acomodação dos dados apresentados, a partir da criação de novos esquemas mentais ou modificação de velhos esquemas.
Assim ...
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” Paulo Freire
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