sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Livro infantil ilustrado com Origami!

Comecei a dobrar, depois surgiu a idéia do livro! Para fazer com as crianças é bem legal! Espero que gostem.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ESTRANHOS CONHECIDOS



Entre coisas que escuto e outras tantas que leio, persegue-me a dúvida:
“- O que temos feito de nossas famílias?”
Os noticiários, as histórias contadas por crianças nas escolas, estão permeadas de fatos da vida real, que mais parecem dramas, horrores que nos saltam das telas da ficção.
Fica difícil acreditar: pais que atiram filhos pela janela de prédios, filhos que vendem as coisas de casa para consumir drogas, babás que agridem crianças, namorados que matam namoradas, entre tantas outras atrocidades.
Preferia estar no cinema, mas o enredo que se compõe em minha frente é da realidade, uma filha adolescente afrontando seu pai, em voz alta, com o dedo indicador agressivamente apontado para sua face. E o pai, “indefeso” diante da situação, abaixa a cabeça. O que passará nesse momento por sua mente?
Nós, pais e educadores, temos sido demasiadamente permissivos com nossas crianças. Deixamos de corrigir, de chamar atenção, por medo de não sermos amados.
O tempo com os filhos é tão curto que acabamos permitindo que eles nos desrespeitem, nos agridam verbalmente (quando não fisicamente) e muitas vezes com a desculpa de que educação é papel da escola, da babá ou até dos avós, enfim, daquele que faz o papel de cuidador a maior parte do tempo.
Como ouvi certa vez: “estamos terceirizando a criação de nossos filhos”, passando literalmente a “batata quente” para a mão daquele que estiver mais próximo.
Por sua vez, a escola se vê impassível diante da impossibilidade de reprovar ou chamar atenção dos alunos de forma mais dura.
Não quero dizer que deveriam voltar os tempos da palmatória, mas sim do respeito pelos mais velhos, experientes, etc.
Quando somos permissivos, deixamos de transmitir valores, conceitos morais e éticos, tão necessários para a vida em sociedade e para a formação de adultos conscientes de seus direitos e deveres, que saibam lutar por seus ideais, mas que respeitem o espaço do próximo.
É disso que sinto falta, de um lar acolhedor, sem menores abandonados dentro da própria casa, sem estranhos conhecidos trocando vagos olhares e meras palavras.
A construção do saber de nossas crianças deve ter como base aspectos vivenciais para que elas saibam como se sentir e fazer parte de nossa sociedade, para que tenham segurança para sonhar e forças para realizar, para que entendam seu real papel no mundo.
Criando com amor e com limites, como carinho e pulso firme, com apoio e autonomia. Conceitos tão antagônicos, mas que se completam na formação do caráter do indivíduo.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ensinar + aprender = Aprender a ensinar.




O professor realmente comprometido com o seu trabalho, não se conforma ou se acomoda com a atividade básica de repassar conteúdos.
Para trabalhar com educação é necessário ter preocupação, predisposição e empatia.
Predisposição e Preocupação (pré-disposição e pré-ocupação) é estar disposto a fazer algo, é se ocupar de algo com antecedência, é ter o compromisso prévio com a aprendizagem dos alunos.
Empatia para poder compreender o outro, perceber as emoções que envolvem o aprender do indivíduo e ser capaz de entender as características de cada um.
Quando falamos em educar, não nos referimos apenas a aspectos cognitivos (saber mais, saber menos, saber o que), mas também a questões emocionais e de cunho social (o sujeito no grupo).
Desta forma, ao planejar uma aula e também no momento de ministrá-la, o professor deve estar ciente das diferenças na maneira com que cada um irá receber e aceitar o conteúdo.
Cada aluno é único, trás em si suas características pessoais, sentimentos, conhecimentos prévios, história de vida, relações afetivas em família, na escola e com sua própria aprendizagem.
Todo esse arsenal de peculiaridades é que vai dar o tom e o direcionamento que o professor necessita para entender a aprendizagem dos alunos.
Muitos professores, quando estão em aula, agem como se a turma fosse uma porção de ingredientes que se misturam e resultam em uma receita única.
Devemos parar de tratar todos como um e ter um olhar para as individualidades, entendendo que cada estudante tem seu estilo de aprender, de dar significado a essa aprendizagem.
Esse aluno tem um comportamento sozinho, mas mudará suas estratégias e participação quando inserido em determinado grupo.
E essa adaptabilidade das pessoas é tão intensa, que esse mesmo sujeito quando participar de outro grupo, poderá mudar novamente para se enquadrar a nova realidade.
É interessante observar quais são os estilos, as estratégias que cada um usa para facilitar a aquisição e o armazenamento dos conhecimentos.
Alguns alunos precisam estar quietos, só ouvindo e lendo para obter um melhor aproveitamento.
Em meu caso, necessito escrever, ouvir e escrever, ler e escrever, refletir e escrever, assim posso construir algo que faça sentido.
Agora o mais interessante foi o caso de uma aluna de minha irmã, que ficava o tempo todo fazendo origami (dobradura) para se concentrar melhor nas aulas.
“Funções mentais se formam a partir de funções motoras.” Wallon
Transformar esses aprendizes em profissionais que usam seus conhecimentos e deles criam novas teorias e práticas é o papel do educador.
No contexto acadêmico devemos desestabilizar nossos alunos, possibilitar que eles saiam do status quo (sua zona de conforto) para refletirem sobre os assuntos.
O conflito interno faz parte do processo de aprender, quando há a acomodação dos dados apresentados, a partir da criação de novos esquemas mentais ou modificação de velhos esquemas.
Assim ...
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” Paulo Freire

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O valor das diferenças.


“Na avaliação macro-comportamental não é difícil classificar as pessoas como normais ou anormais segundo nossa ótica. Mas de perto, no íntimo, a classificação é muito complicada, pois o normal para uns pode não ser para outros.” Isabel Parolin
Eu estava dando uma aula “normal”, quando uma aluna, após uma crise de riso, solta esta: “Professora, você já perguntou para sua mãe se ela fez o teste do pezinho em você, quando nasceu?”
A gargalhada foi geral, eu mesma precisei me controlar para voltar a dar aula.
A partir desse dia comecei a avaliar mais o meu comportamento em sala de aula e tentar entender a minha própria metodologia.
Acredito que para fazer a diferença na vida de meus alunos devo usar algumas estratégias incomuns, sendo assim, acabo variando bastante o tom de voz, gesticulo, ando pela sala (sempre posicionada em semi-círculo), represento, faço caras e bocas, sempre com a intenção de prender a atenção e tornar a aprendizagem algo significativo para a vida prática deles.
Quando comecei a trabalhar com Gestão de Pessoas e treinamento achei que deveria incluir, em algumas aulas, dinâmicas e textos de reflexão que pontuassem os aspectos centrais do trabalho realizado pelo grupo. A partir de então, não parei mais, das dinâmicas já conhecidas até elaborar minhas próprias atividades ou dar meu jeitão às velhas, foi um passo importante e dessa forma passei a trabalhar somente assim, com referenciais da administração participativa, passei a pedagogia participativa, na qual os alunos ajudavam a elaborar as aulas, enquanto elas aconteciam.
O fato de vivenciar a aprendizagem, de sentir o professor mais próximo da realidade do aluno, faz com que os conceitos sejam interiorizados mais facilmente, sendo assim, procuro usar o linguajar deles (adolescentes) para poder tocá-los.
O trabalho de educar vai além de transmitir conhecimentos, passar conteúdo e avaliar; educar é tocar o coração, é fazer a diferença na vida das pessoas que passam por nós.
Obrigada a todos os alunos que já passaram pela minha vida (não foram poucos), que me permitiram aprender com eles, com meus erros, meus acertos, minhas buscas e meus encontros.
Obrigada a todos os meus educadores, que tive e que tenho, pela paciência nos meus questionamentos, muitas vezes intermináveis.
Hoje, meu agradecimento especial, ao meu aluno (muito mais que especial): Rogério. Menino que ouve com os olhos, fala com as mãos, mas principalmente com o coração. Aprendi com você o valor da diferença, o quanto ser diferente é normal.
Agora quando me perguntarem novamente se sou normal, com certeza responderei: - Graças a Deus, sou normal por ser diferente!

sábado, 1 de novembro de 2008

Q.I., Q.E., queeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, o quê?


Começo este texto tentando explicar e ao mesmo tempo entender alguns aspectos da inteligência humana.
Os testes de QI têm como objetivo medir o quociente de inteligência de pessoas na mesma faixa etária.
Eles surgiram a partir de vários fatores, dentre eles:
Necessidade de identificação dos retardados mentais;
Problemas apresentados na educação;
As crianças a serem adotadas;
Seleção e classificação de empregados.
Mas será mesmo possível medir a inteligência em números?
Que tipo de inteligência estamos falando?
Afinal, o que é ser inteligente?
Será que, na vida prática, podemos dizer que gênios, de QI elevadíssimo, têm mais sucesso, ganham melhor e acima de tudo podemos afirmar que são mais felizes?
Acredito que nem sempre. Dessa forma, temos que analisar outros aspectos, que não envolvem somente a capacidade de raciocínio lógico, mas devemos estar atentos a outras habilidades, que complementam (não excluem) a capacidade de pensar logicamente.
“O que é importante é o seguinte: o QI médio é um potencial, uma possibilidade mas , na verdade, o que a pessoa pode fazer com este número? Pode usar esse potencial para me envolver com as pessoas, para fazer coisas para as quais eu tenho habilidade ou se eu for uma pessoa doente, infeliz, eu vou tender a usar minhas habilidades contra mim. Então tem pessoas que insistem em fazer coisas para as quais ela não tem a menor vocação.” Fátima Vasconcelos - psiquiatra
Partindo de questionamentos e reflexões, como as citadas acima, passamos a analisar as pesquisas de Daniel Goleman, psicólogo e jornalista, que a partir de seus trabalhos científicos, identificou outro tipo de habilidade, a Inteligência Emocional.
Compreendendo que as organizações modernas valorizam justamente a capacidade dos indivíduos de agir cooperativamente, pensar em grupo e enfrentar situações novas, Goleman lança em 1995 seu livro sobre a teoria da Inteligência Emocional, a qual mapeia os aspectos inteligentes em cinco habilidades:
1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre. 2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação. 3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca. 4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas. 5. Habilidade em relacionamentos interpessoais.
Antes mesmo da publicação do livro de Goleman, o psicólogo Howard Gardner da Universidade de Harward, nos Estados Unidos, propõe, através de seus estudos na neuropsicologia “uma visão pluralista da mente” ampliando o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades.
Para ele a inteligência pode ser dividida em 8 diferentes competências (Lingüística, Lógico-Matemática, Corporal-Cinestésica, Espacial, Musical, Naturalista, Intrapessoal e Interpessoal) que se interpenetram, pois sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas. Desta forma, todo educador deve entender o indivíduo em seu processo de aprendizagem.
Afinal, aprender algo não é simples, o conhecimento não é adquirido por osmose, tão pouco, podemos ingeri-lo e digeri-lo em uma sopa de letrinhas.
Sabemos que a receita da aprendizagem é complexa e exige uma série de esforços: resgate dos conhecimentos prévios, motivação, auto-estima elevada, andaimes preparados, construção e reconstrução, transpiração, assimilação, acomodação, transposição dos obstáculos da vida prática, utilização das estratégias da inteligência analítica, muita criatividade, entre tantos outros temperos cognitivos, afetivos e sociais.
Independente de possuir uma inteligência “na média”, infra ou altas habilidades, caberá aos educadores ter um olhar investigativo para o sujeito, analisando-o no todo, que inclui todos os sistemas inteligentes, mas entendendo-o como parte integrante de um componente maior que diz respeito a sua família, escola, vizinhos, enfim, os mais diversos convívios que acabam interferindo na aprendizagem.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nem Super Herói, nem Coitadinho!


Não tentemos criar “Super Filhos”, mas também não podemos gerar pessoas no papel de vítimas da sociedade.
Recordo-me de duas situações que exemplificam, de forma bastante ilustrativa, como atitudes extremas podem impedir a criação de adultos equilibrados afetivamente, cognitivamente e socialmente.
Estava em uma reunião de entrega das avaliações bimestrais de minha filha, quando uma mãe se levanta, dirige-se até a professora e começa a questionar sobre uma suposta dificuldade que a filha estava tendo em aprender. A professora afirmava que estava tudo bem com a criança, que ela era uma boa aluna, estava aprendendo, tudo normal. Porém, quanto mais a professora apontava as qualidades da aluna, tanto mais essa mãe se alterava, elevava o tom de voz, chegando, por vezes, a bater sobre a mesa de estudos.
A mãe chegou a questionar a metodologia da escola, a didática da professora, pois se não havia problema com sua filha e ela não conseguia aprender, então só poderia ter algo errado com a escola, professora, etc.
A conversa se estendeu por alguns minutos, até que o pai da criança interveio e conseguiu acalmar a esposa, que até no momento de sair, virou-se para trás e disse em um tom quase ameaçador: “Vamos ver como ela vai se sair no próximo bimestre.”
Eu estava tão curiosa que não me contive e perguntei à professora qual era a dificuldade da criança. Foi então que descobri que realmente não havia nenhuma, as suas notas eram 90, 95, 98 e até 100 havia. Fiquei sem entender o porquê de tanta ira da mãe, tanta cobrança, se a filha era uma das melhores alunas da turma.
A professora disse que essa mãe, assim como outras, não admite que o filho tire notas menores que 100, pois se estão freqüentando a escola, se a professora é boa e a criança inteligente, deve absorver 100% do conteúdo.
Achei absurdo e comecei a me questionar até que ponto não estamos tentando criar “Super filhos”, indivíduos perfeitos, que sabem tudo, aprendem tudo, não erram, etc.
“É urgente entendermos que cada um de nós é único, tem uma forma de aprender e necessidades especiais de aprender. Não nos esqueçamos de que “ser diferente é normal”.” Isabel Parolin
O outro extremo da situação diz respeito à permissividade, àqueles pais que fazem tudo para os filhos, colocando os no papel de vítimas, de coitadinhos, podando assim o crescimento do indivíduo, privando – os da autonomia tão necessária para o processo de aprendizagem.
Sob essa ótima vou relacionar com o caso de uma mãe que veio até a escola profissionalizante para cancelar a matrícula de seu filho.
Fui conversar com ela, tentando reverter o cancelamento. Quando questionei o porquê da desistência, ela informou que morava muito longe e que o filho ficaria muito cansado de voltar do colégio e depois ter que sair novamente para ir ao curso. Disse que no frio ele tomaria muito vento e chuva e no verão iria cozinhar no sol.
Nossa, fiquei imaginando, deve ser uma criança muito pequena, mas quando fui observar o contrato, tratava-se de um adolescente (15 – 16 anos).
Qual seria o motivo dessa mãe estar querendo proteger tanto seu filho, o que a faz cercá-lo de cuidados, não lhe permitindo amadurecer?
Constatei, então, que não é exclusividade desta família, que muitas famílias encontram-se nesta dinâmica, percebi que inclusive eu acabo privando meus filhos de tomarem decisões, agirem por sua conta e risco.
Na tentativa de nos eximir da culpa por estarmos longe de nossos filhos, em virtude do trabalho, acabamos permitindo que eles façam muitas coisas que não deveriam, os cercamos de super proteção, na melhor das intenções, sem percebermos que isso está prejudicando a aprendizagem necessária para o sucesso na vida adulta, onde não se pode culpar ninguém pelos erros, onde se devem assumir riscos calculados, nos momentos em que se tem que andar sozinho, construindo o próprio caminho.
Devemos permitir que nossas crianças tenham autonomia, independência, que procurem se cuidar e cuidar das suas coisas, claro que de maneira gradativa, responsabilizando-as por seus atos pouco a pouco, até que sejam capazes de seguir “sozinhas”, utilizando todo suporte oferecido pela família, por seus educadores.
“A família precisa organizar-se para entender que sem pais educadores para dar o modelo, não há o que reelaborar, não existe tema para conversa, para histórias, ou seja, não existe terreno profícuo para a aprendizagem.” Isabel Parolin

Filhos, melhor tê-los! (Nansert)


Gosto quando as pessoas discordam de mim, não da discordância em si, nem daqueles que discordam só para serem “do contra”.
Acontece que quando alguém não concorda com algo, ela tem que argumentar e esses argumentos, na maioria das vezes, ficam soando em minha mente até que eu possa utilizá-los de alguma forma. Para mudar minha maneira de pensar ou para sustentar a idéia que eu estava defendendo.
O fato é: quando discutimos desencadeamos e somos forçados a refletir e reorganizar o que sabemos ou que achávamos que sabíamos, para podermos construir novos conhecimentos.
Obrigada a todos aqueles que discordam de mim, hoje especialmente devo agradecer ao Cristian e à Sandra, por me proporcionarem momentos de reflexão.
As crianças, os adolescentes de hoje não se contentam com respostas do tipo: “Por que não e ponto.” Ou “Por que não é para sua idade.”
A “Geração Microsoft”, que possui um acesso rápido e irrestrito às informações, necessita de explicações claras, com justificativas plausíveis.
Desta forma, educar desta ou daquela maneira, talvez (certamente) não é o mais importante, permitir ou proibir é uma questão de cultura, de maneiras diferentes de avaliar o mundo, ou como diria a Sandra, cada um conhece seu filho e sabe até onde pode deixá-lo ir ou quando deve segurá-lo. Começo a entender que a diferença está na maneira como delineamos, como moldamos o nosso “jeitão” de educar.
Explico....
Após uma conversa acalorada, como na maioria das vezes acontece, quando o assunto é filho, fui para a Pós, minha cabeça fervia, será que eu tinha razão, ou estou fazendo tudo errado?
Como as respostas nunca tardam, lá estava eu ouvindo minha querida professora Isabel Parolin falando sobre fronteiras relacionais, sobre educação de filhos e de alunos. Os pensamentos iam e vinham, se misturavam. Comprei seu livro e comecei a ler, tentar fazer ligações, construir algo, respostas, mas quando algo já havia sido respondido, surgiam novas perguntas, que me faziam refletir mais.
Realmente educar é uma arte, que se adquire na prática, caindo e levantando, mas se estiver permeada no amor, sempre dá certo.
Educar é mexer com a emoção, do educador e do aprendiz, só é possível aprender verdadeiramente quando se está envolvido, quando acreditamos que aquilo que está sendo transmitido é verdadeiro, representativo para nossa vida, ou seja, quando trabalhamos não só com a razão, mas com o coração.
Fácil, não???????
Não, definitivamente, não é fácil, mas se faz necessário, quando estamos comprometidos como nosso futuro e com o futuro daqueles que amamos (filhos, alunos).
Pois o limite entre construir uma fronteira relacional nítida e ter comportamentos rígidos, muitas vezes, é tênue e nos faz tender para um padrão rígido do “não e ponto”.
É essa reflexão que faço e que proponho, que tipo de educação temos oferecido, como temos praticado a arte de educar?
“É preciso ser para aprender. A aprendizagem significativa é fruto da “permissão de ser”, mais que isso, é fruto da sensação de ser. Estamos falando da maneira específica e natural de ser de cada um de nós, que se transforma a medida que interagimos significativamente com o mundo e com os outros.” (Furtado, Júlio César)